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O Dia Seguinte...

O Dia Seguinte... -  Piracaia Mais

--2010/10/01
Dia seguinte à eleição é quase lei: abra um jornal e você encontrará um analista comentando como a disputa ajudou a montar o quebra-cabeça das próximas eleições.

Percorra o jornal mais um pouco e você vai se deparar com um inevitável quadro com a lista de vencedores e perdedores do pleito. O espírito é o mesmo: apontar para a próxima disputa. Dois anos representam um tempo muito longo na instável política partidária brasileira. E fatores externos freqüentemente afetam as previsões feitas na segunda-feira pós-eleitoral. Alguns desses podem ser imaginados: uma reforma política; os efeitos da crise econômica; os inevitáveis conflitos intra-partidários. Mas outros fatores são impossíveis de prever. A única certeza que se pode ter é de que as campanhas eleitorais estão a cada dia mais profissional, prova disso é que nestes últimos meses observamos uma excelente equipe de marketing para preparar o programa de rádio e televisão; Empresas para fazer matérias de campanha; Arrecadação de recursos junto a empresários, etc. Inúmeros cabos eleitorais para abanar bandeiras, dirigir carros de som, distribuir panfletos, procurar casas para afixar placas e segurar cartazes dos candidatos em pontos de grande movimento. Existem denúncias que, em muitas campanhas, a esta estrutura é acrescida um conjunto de práticas ilegais: cabos eleitorais contratados para difundir boatos; produção de material apócrifo; uso de violência e intimidação; arrecadação ilegal de recursos; uso da máquina administrativa; compra de voto. Quem acompanha de perto as campanhas no Brasil, sabe que, infelizmente, muitas campanhas se utilizam mesmo desses recursos.

Democracia Participativa

É comum a errônea concepção de que "política" e "eleições" é "votar", e que depois das eleições: "a política acabou". Essa concepção é equivocada e nociva. Cidadania é, antes de tudo, participação política, e deve estar sempre presente em nosso cotidiano, afinal, diz o parágrafo único do artigo 1º de nossa Constituição Federal: "Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos..." Não somos nós que exercemos os mandatos de deputado, presidente, governador, mas o mandato é nosso. O governo nos pertence. Dessa forma, nós podemos e devemos cobrar dele. Nós somos sujeitos de direitos. Aqueles que nos governam estão em seus cargos apenas por que o povo os deu a responsabilidade de gerir o que pertence e ele. Se temos algum direito não sendo cumprido, protestemos, lutemos e reivindiquemos o que é nosso. A História mostra que a cidadania é construída, e que essa construção nunca se deu "de cima para baixo.

Como fazer?

Cabe a nós agora trabalhar para que nossos políticos governem pelo povo e para o povo. Eles não foram eleitos para governar seus eleitores, ou aqueles que os apoiaram, mas sim para exercer o governo sobre todos dentro de sua jurisdição. Como faremos isso? Cobrando. Nosso povo nunca desenvolveu esse hábito. Se alguém pode fazer o que quiser que ninguém reclama, por que ela irá se preocupar? É assim que a maioria de nós se comporta diante dos políticos, e é assim que a maioria deles se comportam. Saiba o que aqueles que foram eleitos para lhe representar estão fazendo. Hoje, com a eficiência dos meios de comunicação, isso é fácil. Na internet podemos encontrar sites dos Poderes Executivo e Legislativo. Lá você encontra informações sobre os eleitos. Veja se eles estão presentes nas discussões que lhe interessam, ou se só aparecerão novamente na próxima eleição. Saiba se eles estão trocando de partido sem motivo. Veja se ele irá cumprir ao menos a essência do que propôs em sua campanha. Há políticos que não fazem nada no exercício de seus mandatos, ou que tomam decisões por você que irão lhe prejudicar. Como não tem ninguém olhando, eles voltam daqui a quatro anos, se candidatam e se elegem de novo. Não podemos permitir que isso continue acontecendo. Lembre-se: As eleições acabaram, mas a política não acabou. Agora começa um grande trabalho que deve contar com o apoio de todos: Participemos do poder: ele nos pertence. 

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